quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Capítulo 11

Ainda estava naquele hospital ( Acho que posso chamar de assim) Pam, era a única que me animava, falando que isso melhoraria, tinha melhorado, mas tinha enjôos, e dores de cabeça, então não me deixaram sair ainda, estavam fazendo testes, um dia, veio uma pessoa que eu não esperava.
–Hey. – Ryan estava parado na porta do meu “quarto”.
–Hey! – Eu disse.
– Como você esta?
– Eu to bem, tirando os vômitos e as dores de... – Parei e peguei o balde que estava do meu lado. - ...cabeça.
– O que será que aconteceu? – Ele disse sentando na cama.
– Eu não sei, ainda não sei, pelo menos nem os médicos sabem.
– Deve ter sido uma coisa muito forte, para te deixar assim. – Ele disse me olhando com aqueles olhos cor de mel.
– É. – Eu disse colocando meu par de olhos azuis fixando nos deles.
– Ou uma coisa muito fraca.
– Ta me chamando de frágil?
– Lucy, você sempre foi frágil.
– Cala a boca Ryan.
Fomos interrompidos pela a porta, que bateu,Layka entrou.
– Desculpe, estou interrompendo?
– Não Layka, ele já estava indo embora. – Eu disse fria.
– É eu já estava indo. – Ele iria sair,mas parou na porta, e deu um beijo na bochecha de Layka. – Tchau Lay. – E ele fechou a porta rindo para mim.
Senti meu sangue ferver por dentro, não estava com raiva de Layka, mas sim de Ryan, ele sempre foi assim, sempre foi desse jeito, ele sabe que eu não gosto quando ele se atira para uma menina, ele só faz isso de pirraça, Layka ficou com cara de boba tocando a bochecha, ela estava com um buque de flores, rosas brancas, minhas favoritas.
– Como sabia?
– O que? – Ela disse saindo do transe.
– Que rosas brancas, são as minha favoritas?
– Pam.
– Tinha que ser. – Eu disse rindo.
– Sabe, eu não quero fazer você ficar mal com o Ryan...
– Eu já estou mal com o Ryan, sabe a gente nunca se deu muito bem, e eu não ligo para o que ele faz ou deixa de fazer.
– Tem certeza? – Ela perguntou sentando na cama.
– Tenho, alias, me da o balde?
Ela pegou o balde rapidamente e me deu, e comecei a vomitar, de novo.
– Não para uma comida na minha boca. – Eu disse forçando um sorriso.
– Deve ser ruim ficar nesse estado.
– É.
– Bom, eu tenho de ir Lucy, melhoras. – Ela disse me dando um beijo na testa.
–Tchau. – Eu sussurrei.
É muito entediante fica na enfermaria, quase ninguém veio me visitar, me senti esquecida, finalmente! Recebi alta, Pam, veio que nem doida, e me ajudou a andar! Ate a cabana, a nossa cabana.
– Eu vou tomar banho. – Eu disse.
Caminhei ate o banheiro, me despi, e tomei um bom banho quente, coloquei uma regata, uma calça jeans, e um tênis all-star preto. Sai sem ser vista por Pam, queria ver a minha nova cabaninha, fui andando, até que vi ela,corri, entrei, tudo certo. Me joguei no sofá que tinha ali, e sem eu perceber caiu uma tempestade, é impressionante, toda a vez que eu ia a cabana caia uma tempestade, ficar lá, sem fazer nada, olhando o teto, difícil, vomito, corri ate a porta e vomitei la fora, não podia voltar para a enfermaria, não queria ter soros indo direto para a minha veia, do nada alguém bateu na porta, subi correndo para o segundo andar fingi que ninguém estava ali, a porta se abriu e era Ryan.
– Oi?Alguem?
– Olha quem esta aqui! – Eu disse descendo.
– O que você ta fazendo aqui? – Ele disse.
– Bom, achado não é roubado, então você esta na minha propriedade.
– Sua propriedade?Cala a boca e sai daqui favor?
– Oxe, eu cheguei primeiro.
– Quer ficar de vela?
– vai trazer menina para a minha cabana?
– Aposto que você conhece a minha nova namorada.
– Ae?Quem é a doida?
– A Layka!
– O que? – Eu disse ficando vermelha.
– Sei que ta com ciúmes, mas...
– Eu ciúmes de você?me poupe! – Eu disse levantando a voz.
– Mais uma vez?SAI DAQUI!
– SAI DAQUE VOCE!VOCE SEMPRE FOI ASSIM, ACHA QUE MANDA EM TUDO E EM TODOS, É MUITO FOLGADO, ISSO SIM!
– Fica quieta que é melhor!
– Eu fico quieta se eu quiser!

Capítulo 10

Capítulo 10
Eu queria saber, o por quê deu sempre ter sonhos estranhos. Mas não é o momento para falar sobre bobagens como essas. Agora estamos logo a frente do telescópio e algo horrível aconteceu. Mas vamos voltar ao começo, acho que seria o mais correto a se fazer.
Sabe naquele momento em que você acha que simples sonhos não são “simples sonhos”? Então, este é um momento como este, um momento de preocupação. E você pode pensar: Você não está preocupada? Não. A coisa ruim aconteceu comigo, uma pessoa muito teimosa! Uma pessoa burra.
***
TU TURURU TU TURURURU
– ACORDEM ANDA! ANDA! BANDO DE PREGUIÇOSOS!
– Ai, eu achei que você fosse calma Kat!
– Calma? Háháháhá – disse Hazel dando muita risada. – ela é a mais extrovertida, é que ontem ela tava com dor de cabeça!
– Agora que a comediante aqui acordou, vamos arrumar as coisas! – diz Lay de mau humor, pelo menos ela parece calma.
Terminamos de arrumar tudo, e o humor de todas as meninas (menos eu) foi reestabelecido e todas ficaram alegres em continuar essa droga de procura. Mas aí eu fiquei pensando, e se alguma dupla já o encontrou e a gente estiver procurando á toa?
– Você parece preocupada – disse Ryan se aproximando, nós não falamos muito desde ontem, sorte minha.
– E te interessa?
– ô menina frieza, calma! Só to tentando ser legal!
– O Que você quer?
– Hã?
– Sempre que você me trata legal, é porque quer alguma coisa!
– Desta vez não, só quero conversar.
– RYANNN VAI ACENDER A FOGUEIRA PRA GENTE COMER ALGO Ô FIO! – disse Katara que nem doida. Realmente, uma pessoa extrovertida.
Ryan saiu e foi para á fogueira, então Layka se aproximou de mim.
– Ele gosta de você...
– Ahã, sei!
– Sério, da pra perceber!
– Impossível, nós nos odiamos!
– Então... – ela disse com uma carinha fofa – se vocês não tem nada... eu...
– Claro!
– Obrigadaaaaaaaaa!
– Se acalma!
– AI, você é séria de mais! – Disse Hazel vindo para cá – deveria ser mais solta, encarar desafios! Ser crajosa!
– Isso é fácil pra vocês, estão acostumadas!
– Quase todos estamos, antigamente... – então ela parou de falar como se não devesse.
– Antigamente?
– Nada! – disseram Lay e Hazel ao mesmo tempo.
Resolvi não insistir, quando me dei conta, já tinha trocado de roupa e tomado o café da manhã, prevejo mais um longo dia de caminhada.

Nem tanto criança.
Uma voz soou na minha cabeça. A mesma daquele sonho sombrio.
Lembre-se de pensar Escolhida. Bem ou Mal.
As frases daquele homem soavam na minha cabeça, as mesmas frases do sonho. Acho melhor explicar.
Eu estava em um lugar ás ruínas, cheio de pedras e muita névoa. Eu olhava fixamente para um vulto, mas não conseguia vê-lo, a névoa era tanta que nem dava para saber se era um homem ou uma mulher.
Você deve seguir seu destino.
Ótimo. Além de sombrio esse homem/mulher fala coisas sem sentido.
Escolha bem. Lembre-se de pensar Escolhida. Bem ou Mal.
Essa voz era familiar, disso eu sabia. Eu tentei falar algo, mas minha voz não saía, pelo menos, não as palavras que eu queria que saísse. Por fim consegui dizer “Quem é você?”.
Eu? Uma pessoa próxima, mas não uma pessoa que gostaria de conhecer. Nem tanto. Se escolher bem, você irá querer me ter por perto.
Então a voz pareceu se tornar a sua voz verdadeira. Pude distinguir que era um homem.
Eu estou me reerguendo, meu poder aumenta cada dia. Mas, já tenho poder suficiente para atrapalhar você, eu sou Lyxios! Creio que já ouviu falar de mim. Espero que faça a escolha certa, ou sofrerá as consequências.
Então o vulto e a névoa foram sumindo aos poucos e eu consegui dormir. Sem sonhos dessa vez.
Eu realmente não sabia se aquele sonho tinha alguma coisa á ver com a realidade, ou se era apenas um sonho. Mas tudo nesse lugar é possível, prefiro não arriscar. Continuamos seguindo aquela faixa branca voante enquanto Katara ficava tirando sarro de tudo. Tenho que admitir que prefiro essa personalidade, combina mais com ela. Logo avistamos uma coisa brilhando, eu julguei ser o telescópio.
– Vamos cambada!!! – disse animada!
– AEEEE A MISS SÉRIA SE ALEGROU VAI CHOVERRR! – disse Katara se divertindo, enquanto Lay e Hazel não paravam de rir.
Ficamos todos de frente para o telescópio. Ele era estranho, mas bem tecnológico!
– Eu pego!
– Cuidado Lucy, você pode escorregar nesse morro!
– Tá, tá, tá!
Essa eu lhe afirmo que foi a minha maior burrice. Assim que toquei no telescópio meu corpo todo ficou imobilizado. Eu conseguia falar, mas pelo jeito ninguém me ouvia. Agora estou aqui, olhando pra todos com caras preocupadas e eu falo que estou bem, mas ninguém me ouve.
Mas, já tenho poder suficiente para atrapalhar você!
Que raiva! Ele que fez isso, eu vou matá-lo, nem que eu tenha que ser parceira da Délia! Então eu senti Ryan me pegando no colo e me levando para a enfermaria do acampamento, enquanto Hazel fazia o telescópio flutuar logo atrás da gente.
***
– Humm...
– Anda, ela ta acordando!
– Eu dormi depois que vocês me trouxeram para cá?
– Praticamente... – Disse Lay.
– AAAAA LICENSA POR FAVOR! LUCY! COMO VOCÊ TA PÁLIDA!
– Valeu Pam
– Então, vejo que o grupo de vocês conseguiram!
– Mais ou menos. – disse Layka – Aquele não era o telescópio que esconderam, na verdade, aquele era um dos telescópios proibidos.
– Como assim?
– Descanse, depois eu te explico mais. Vamos Pam, deixa ela um pouco sozinha.
Então elas saíram. Resolvi levantar da maca, mas eu percebi que meus braços e pernas ainda não haviam voltado “á vida”. Quando Lyani entrou no quarto.
– Olá! – ela disse com um sorriso. – Soube do ocorrido, quer que eu ajude em algo?
– Não precisa Magestad... Lyani.
– Está um pouco tensa. – então ela colocou sua mão sobre meus braços e minhas pernas e eles voltaram a se mexer. – Quer me contar algo?
Por um momento fiquei pensativa. Será que ela sabia do sonho? Mas fiz um “não” com a cabeça e ela ficou meio desapontada. Me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Ele era estranho, mas bem tecnológico!

Capítulo 9 – Uma busca Infernal

Capítulo 9 – Uma busca Infernal
– Vamos ao laboratório de ciências pegar o troço. – eu disse
– Você não ouviu? É só na floresta!
– Mas você sempre prefere o jeito mais fácil!
– Não aqui!
– Sugere algo?
– Você que é a garota das ideias!
– Você está aqui a mais tempo! Idiota...
Ele fechou a cara e sussurrou um “por que eu?”. Ele não gostou? Imagina eu! Adentramos na mata e começamos a procurar o telescópio, não tenho ideia de como achá-lo e nem pra que isso vai servir na minha vida. O pior é aguentar essa coisa do meu lado.
– Sério que você não tem a mínima ideia Ryan?
– Já falei que não!
– Já sei! – falei pegando o papel e colocando em direção ao sol
– O que você ta...
– Isso!
– Isso o que?
– Telescópios são feitos para olhar no céu, então se virarmos em direção ao sol podemos ter uma pista!
– Parabéns senhorita sabe-tudo agora me fale a pista!
– “Se o telescópio queres encontrar siga o ar”
– Como vamos seguir o ar? – falou Ryan debochando do que eu havia falado.
– Temos que achar alguém que controla o ar ué!
– E você acha que isso é fácil?
Treck!
Eram três garotas que estavam atrás da moita e haviam pisado num galho. Elas haviam escutado tudo. Elas ficaram meio sem-graça quando perceberam que nós havíamos visto.
– Quem são vocês? E por que estão de trio?
– Meu nome é Layka Noah, esta aqui é a Hazel Selwin e por fim a Katara. Nós estamos de trio porque a dupla da Ká tava conversando com um garoto! Aquela metida...
– Ela não é metida! É minha colega de quarto – advertiu Katara.
De repente elas perceberam que Ryan estava ali e ficaram paralisadas como se ele fosse um deus grego.
– Olá – disse Ryan percebendo o atiramento da Layka e a Hazel. A Katara deveria ter um namorado. Pois veio conversar comigo e não com o “deus grego”. Blerg! Até na brincadeira é difícil pensar isso.
– Liga pra elas não, sei que estou nesse acampamento a menos tempo, mas já me toquei que as duas são caidinhas pelo Ryan.
– Percebe-se.
– Você deve ser a namorada dele né?
– NÃO! NUNCA!
– Se acalma. Enfim, eu e as meninas controlamos o ar, e pelo que eu vi vocês precisam de uma ajudinha... Só que, acho melhor formarmos um grupo! Assim todos levam o crédito!
– Claro. Vamo cambada! – disse para as garotas e pro coiso.
Layka, que parecia a mais experiente no local, fez uma magia que o ar vira uma faixa branca.
– Haize brinh fich lin – e ela repetiu essa frase umas três vezes até que ela abriu os olhos e vimos a faixa.
Corremos para achar o telescópio que em loucos. E chegamos em um penhasco. Ótimo! Como vamos passar para o outro lado?
– Isso é simples ora! – disse Hazel como se a resposta fosse óbvia- vamos voar!
– Isso é a coisa mais fácil do mundo! – eu disse meio irônica
– Simples, eu e a Lay vamos usar nosso poder para levar o Ryan, já que ele é mais fortinho e a Ka leva você! – disse apontando para mim.
Então sobrevoamos o local. Era tudo tão mágico que até me esqueci que o Ryan estava atrás de nós. Era tudo perfeito! Quando chegamos á outra parte, já estava ficando de noite e a luz branca sumiu.
– O que vamos fazer agora? – perguntei
– Simples, vamos montar um acampamento! – com certeza Layka era a mais alegre dali. Na verdade, todas eram. Mas a Katara é mais tranquila.
– Eu vou fazer a fogueira – disse Ryan
– EU TE AJUDO! – disseram aquelas duas de sempre (sempre entre aspas né, porque eu praticamente acabei de chegar).
Enquanto isso eu e a Katara ficamos construindo um abrigo. Ela conseguia arrancar madeiras de árvores um pouco soltas por causa do vento forte e assim fizemos uma cabana gigante. Como ainda não sei controlar meus poderes, eu só vou fazer água aparecer quando a nossa acabar.
– Hey, eu tava pensando, temos alguma coisa para dormir?
– Sim, a Hazel é muito preocupada quando tem essas coisas no acampamento. Sabe, elas estão aqui faz tempo, é que elas tiveram que vir mais cedo porque não tinham família ou por causa que seus poderes estavam descontrolados de mais. – ela parou um pouco para arrumar a portinha – e essas coisas acontecem todo ano. Por isso ela vive preparada.
– Entendi... as coisas foram com ela? É porque eu não vi até agora...
– Não, ta louca?! As pessoas poderiam pegar, ou sei lá!
– Como assim?
– Isso aqui é tipo jogos vorazes, só que sem mortes. Aqui se você tem algo, uma pessoa pode pegar lutando com você. Por isso nós do elemento ar temos a característica de ficar invisível e fazer as coisas também ficarem. Você é novata, mas já deveria saber disso. Seus pais não te contaram?
– Na verdade eu sou adotada e eu só descobri que sou uma Elementary um dia antes de vir para o acampamento!
– Uau! Acho que acabamos!
Logo olhamos nosso trabalho, e que trabalho bem feito! Ela era tão bonita, parecia aquela cabaninha que eu encontrei dias atrás. Logo vimos Hazel vindo correndo.
– Onde estão os outros dois?
– Eu que não ia ficar de vela né?! Ta na cara que o Ryan gostou mais dela do que de mim!
– Tadinha, sofrendo por aquele cafageste!
Logo vimos os dois voltando, pelo jeito a Hazel ter saído, não adiantou em nada pois eles voltaram bem rápido.
– Conseguimos bastante galhos – disse Layka com uma cara de raiva.
– É... – disse Ryan meio sem graça.
– Enfim, vamos arrumar as coisas lá dentro da cabana. – eu disse indo em direção ao “quarto”.
Assim que entrei, tinha cinco colchões de ar no chão e travesseiros. Sem cobertores, ainda bem! A noite estava muito quente.
Nos trocamos e dormimos sem demora, claro que antes a Lay e a Hazel ficaram olhando pro Ryan porque ele dormiu sem camisa. Que infantis!

Capítulo 8

Acordei muito cansada, e toda dolorida por causa do sofá, Pam estava na cama dela dormindo, me levantei e fui me trocar, coloquei uma calça Jeans, uma camisa branca, e por cima uma blusa listrada vermelha, uma bota e um relogio, e fui andando, estava sem muita fome, então fiquei andando por ai, ate que vi Delia indo para a floresta, sei que não devia mais queria ir, então fui atrás dela, ela parou perto de uma clareira e começou a fazer o fogo se levantar, e ficou tentando fazer a água se levantar
–Oi Delia. –Eu disse.
– Oi Lucy!
– Tentando provar que é a Escolhida?
–É, nem eu sei se sou.
– Sei que você é.
–Obrigada por confiar em mim.
–Ta tudo bem, eu confio mesmo em você.
Ela continuou tentando,mas sem sucesso.
– Vai ver é só pratica. – Falei.
–É pratica, tentar fazer certo.
– É só esperar um pouco, e continue tentando.
–E como foi a dança com o Ryan.
–Nem me fale, aquele menino é muito chato, eu odeio ele e ele me odeia.
– Cuidado! O amor e o ódio andam juntinhos!
– Oxe, por mais que andam juntos o nosso ódio são muito distante do amor.
–Sei!
Ficamos conversando um pouco ate que achamos que deveríamos ir para a aula, foi super entediante, finalmente, uma paz para nosso lindo dia de sol.
–Oi Lucy!
–Ah oi Mary!
– Então, eu vi você dançando ontem com o Ryan!
–Era uma aposta do Tyler para ele, ai felizmente ele vai ter que pagar 50 reais para o Tyler, e por uns dias vai me deixar sossegada e em paz.
– Mas não é ele vindo ali na nossa direção?
Ela apontou para ele, eu só virei a cabeça e ele estava mesmo vindo, o que esse moleque acha que está fazendo?
– Oi meninas!
–Oi. – Disse friamente com a mínima vontade de viver.
– Nossa, que grosseria!
– Garoto não era para você ficar longe de mim?
– Era, mas eu quis uma revanche e o Tyler me deve 100 reais!
–Serio? –Mary falou.
–Eu falei para ele se ele dançar com a Délia eu daria para ele 100 reais, como ela não quis dançar nem um pouco com ele, agora ele me deve 100 reais.
– Oh grandes coisa. –Disse.
– Voce ta muito mal-humorada para o meu gosto.
–Da licença garoto, que só hoje você veio aqui para me incomodar.
– Quer dizer que eu ainda consigo te deixar nervosa? – Ele disse com um sorriso.
– Não querido, voce só me deixa com mais vontade de levar a minha mão a sua cara. –Disse com um sorriso, e me levantei de onde estava sentada e sai.
Ainda estava sem fome, peguei umas bolachas e duas maçãs, comecei a comer uma maçã, e fui andando em direção a floresta, passaram as cabanas, ate que não se via mais nada, ate que avistei outra cabana, mas desta vez pintada de verde, tinha vontade de bater na porta e entrar lá, bati, nada, bati de novo, nada, e abri a porta, onde revelava uma mesa com muitos papeis, um armário encostado na parede, uma cama ao lado de uma escadaria, resolvi subir as escadas, onde revelava um corredor com 2 portas, a primeira tinha um monte de armas penduradas, fechei rápido, a outra porta, tinha roupas, que aparentava ser velhas e de caçadores, com certeza era uma cabana de caçador, fechei a porta e fui para baixo, decidi fazer uma grande limpeza, fui tirando a poeira com uma vassoura que achei, dei uma sacudida nos lençóis, vai que tinha poeira, abri o armário, sai um rato e uma barata la de dentro, manti a calma e peguei a vassoura e os matei, argh que nojo, os joguei para fora da minha nova cabaninha, , um pouco e estava arrumado, será que mais alguém sabia da existência dessa cabana? Se souberem vão voltar, olhei meu relógio, estava na hora de voltar, então fechei a porta e sai, fui saindo em direção a minha cabana, entrei, peguei mais uma blusa de frio e fui para as aulas.
– Atenção alunos, nós mesclaram as classes, então vocês farão dupla com outras pessoas dos elementos, as nossas assistentes estão dando um papel com matérias que você tem que procurar na floresta, agora vamos as duplas. –Ela falou um monte de nomes, ate que chegou no do Ryan. - Ryan Flying. –Vi muitas meninas cruzando os dedos para elas irem com ele. –E Lucy Nooble.
– O QUE? – Eu e um menino gritou.
A mulher chegou em mim e deu um papel.
–Você e seu par vão ter que achar tudo que esta ai.
Fui andando, sem me preocupar com ele, ate que senti que estava sendo seguida.
– Lucy, espera!
– Ah, nem vi você ai.
– Ta me evitando? – Ele respondeu com um sorriso.
– Eu?Claro que não, mas não quero passar dor de cabeça com você.
– Dor de cabeça? Quer dizer que eu te deixo nervosa? –Ele se colocou na minha frente. –Te irrito?
– Claro que me irrita, por que eu te odeio e você me odeia.
– Eu não te odeio, e você não me odeia.
–Tem razão eu não te odeio, só achei desnecessária essa sua atitude de nascer.
Ele não disse nada apenas sorriu e continuou andando ao meu lado.
–Então, o que a gente tem que procurar?
– Ah, primeiro, um telescópio.

Capítulo 7

– Quem fez essa aposta? – Eu perguntei para o Ryan.
– O Tyler, ele apostou 50 reais que eu dançaria com você.
– E por que você não recusou?
– Não dava, e eu não tenho 50 reais.
– Novidade.
– Tatata, agora finge que esta se divertindo, senão eu não ganho.
Comecei a sorrir e rir, quando vi Tyler olhando para nos.
– Que sorriso mais duro.
–Quer pagar 50 reais para o Tyler? Então cala a boca.
–Que grosseria.
–Aff, quer saber? – Me separei dele. – Eu não quero mais dançar, vou pegar uma bebida para mim.
Sai, e o deixei la mesmo, que raiva, fui pegar alguma coisa para eu beber ou comer, que raiva, esse menino é muito chato.
–Lucy, eu não tenho dinheiro.
–Só essa dança. –Eu falei.
–Otimo.
Ele me levou, colocou a mão na minha cintura, e eu no ombro dele, e começamos a dançar.
–Mudou seu cabelo?
–Agora que você percebeu?
–É.
–Eu não mudei, sai do banho e ele já estava assim.
–Que estranho.
Ficamos calados uns momentos, dançando, ate que ele começa a me provocar.
–Quer calar essa boca?Ou quer que eu abandone a dança?
–Calar a boca é melhor.
–Claro, com essa sua voz irritante.
–O que você disse, olha aqui...
–Olha aqui o que?Vai fazer o que? –Eu o interrompi.
Ele ficou em silencio o resto da dança toda.
Me afastei de todos, e fui lá para fora (bom eu já estava do lado de fora,mas você entendeu o que eu quis dizer), pensar um pouco. Na verdade, eu nem sabia no que pensar! Só queria ficar longe da multidão, não sou bem o tipo de garota que gosta de estar rodeada.
– hey, posso me sentar aqui? – era o filho do diretor
– Pode...
– Pelo jeito você e o Ryan não se dão muito bem...
– Nós somos quase inimigos, a natureza dos elementos!
– Não funciona assim, eu já lhe disse isso. Por acaso, você tem raiva só de ouvir a voz de outra pessoa que controla o fogo?
– Não sei... Quase nem falei com ninguém daqui ainda!
– Você está falando comigo agora.
– Você é do fogo né... não sinto raiva quando estou com você.
– Que ótimo!
– Você conhece um tal de Rodrigo?
– Por que?
– A Mary tava procurando ele....
– Eu sou esse “tal” Rodrigo – aaaaa então esse é o nome dele! – você sabe sobre o que ela queria falar comigo?
– não, mas a cara dela não estava nem um pouco boa! Posso fazer uma pergunta?
– Claro
– Você e a Mary tão namorando? – acho que eu falei meio entusiasmada.
– N-não, da onde você tirou essa ideia?
– Pelos seus olhos brilhando de quando eu falei dela!
– er... meus olhos não ficam assim!
– Sim! Ficam!
E logo caímos na gargalhada!
– Ok, e por que você está aqui sentada sem fazer nada, é uma linda festa!
– É eu sei, é que não sou muito fã delas, prefiro ficar no meu canto sem ser notada!
– Você é totalmente o oposto do Ryan!
– Ainda bem! Deus me livre de parecer com ele!
– Olá pombinhos – disse Mary aparecendo do nada dando um desprezo na palavra pombinhos. – Será que eu posso falar com você Rodrigo? A sós?
– claro! – ele olhou bem nos olhos dela, mas ela desviou – e não somos pombinhos!
– Isso aí, Mary, depois quero falar com você.
Saí de lá deixando os dois sozinhos, reconheço ciúmes quando vejo. Acho que tem alguém apaixonada! Háháhá! Deixa só o Tyler descobrir, esse acampamento vai virar um inferno! Que pena que só tem mais 1 mês e 28 dias de acampamento. Se eu pudesse, ficaria aqui pra sempre.
Fui andando em direção á um lago que havia lá perto, eu o vi quando estava indo ao prédio Azul, então ainda não tive chance de vê-lo. Deitei-me na grama perto da água, a grama estava meio molhada, mas não sujava e nem deixava minha roupa molhada. Ainda bem que controlo a água, nem vou precisar me importar em lavar a roupa hoje.
Fiquei olhando as estrelas, chega um momento em que parecia que elas estavam dançando, indo pra lá e pra cá, com se tivessem em uma festa celebrando uma coisa muito boa. De repente vozinhas baixas e fofas começaram a soar.
– ela voltou!
– Sim! Estamos salvas
Acho que a Délia é a “salvadora” a “Herdeira” como eles dizem. Esse assunto me incomoda. Resolvi me sentar e olhar o lago. Era uma vista bonita. Uma vista mágica. Ele continha rochas em suas águas e lá no fundo um tipo de Ilha, eu deveria ter prestado atenção no caminho para o acampamento, nem vi a estrada, a janela ficou fechado o percurso inteiro.
Olhei para o horizonte e fiquei admirando cada detalhe do local. Quando sinto uma mão acolhedora em meu ombro.
– Linda vista não é? – disse uma voz familiar
– Sim e... Majestade...
– Não precisa de tanta formalidade pequena, pode me chamar de Lyani se quiser.
– Obrigada.
– Agora me conte, o que faz aqui com uma festa daquelas? – disse ela sentando do meu lado.
– prefiro ficar aqui, perto do lago, é mais aconchegante.
– acho que encontrei alguém que concorda comigo.
– Provavelmente – disse dando um sorriso – é verdade que a Délia e a escolhida?
– Eu não sei... Na verdade, não posso falar dessas coisas com uma aluna.
– Oh, me desculpe se eu...
– Não, tudo bem, qualquer um teria perguntado isso Lucy. Mas todos acham que sim, é a única coisa que posso lhe dizer.
Como se eu já não soubesse isso.
– Mas creio que você já sabe disso!
– Ainda acho que você lê mentes!
– Háháháhá não, não leio! – foi a primeira vez, desde que cheguei que vi essa professora rir (o que não é nada, porque eu cheguei faz quase dois dias).
– bom, acho que já está ficando tarde.
– é,mas a festa ainda vai demorar acabar.
– não pretendo ficar muito tempo, amanhã é minha primeira aula de Controle de Elemento.
– Boa sorte amanhã então. Tchau!
– Tchau.
Fui para a minha cabana. Por incrível que pareça eu não estava com sono, me troquei e resolvi comer algo. Me arrependo de não ter aproveitado os quitutes da festa. Liguei o meu aparelho de DVD portátil que trouxe de casa e coloquei “O Aprendiz de Feiticeiro”. Acabei dormindo ali mesmo.
"Era uma vista bonita. Uma vista mágica."