quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Capítulo 9 – Uma busca Infernal

Capítulo 9 – Uma busca Infernal
– Vamos ao laboratório de ciências pegar o troço. – eu disse
– Você não ouviu? É só na floresta!
– Mas você sempre prefere o jeito mais fácil!
– Não aqui!
– Sugere algo?
– Você que é a garota das ideias!
– Você está aqui a mais tempo! Idiota...
Ele fechou a cara e sussurrou um “por que eu?”. Ele não gostou? Imagina eu! Adentramos na mata e começamos a procurar o telescópio, não tenho ideia de como achá-lo e nem pra que isso vai servir na minha vida. O pior é aguentar essa coisa do meu lado.
– Sério que você não tem a mínima ideia Ryan?
– Já falei que não!
– Já sei! – falei pegando o papel e colocando em direção ao sol
– O que você ta...
– Isso!
– Isso o que?
– Telescópios são feitos para olhar no céu, então se virarmos em direção ao sol podemos ter uma pista!
– Parabéns senhorita sabe-tudo agora me fale a pista!
– “Se o telescópio queres encontrar siga o ar”
– Como vamos seguir o ar? – falou Ryan debochando do que eu havia falado.
– Temos que achar alguém que controla o ar ué!
– E você acha que isso é fácil?
Treck!
Eram três garotas que estavam atrás da moita e haviam pisado num galho. Elas haviam escutado tudo. Elas ficaram meio sem-graça quando perceberam que nós havíamos visto.
– Quem são vocês? E por que estão de trio?
– Meu nome é Layka Noah, esta aqui é a Hazel Selwin e por fim a Katara. Nós estamos de trio porque a dupla da Ká tava conversando com um garoto! Aquela metida...
– Ela não é metida! É minha colega de quarto – advertiu Katara.
De repente elas perceberam que Ryan estava ali e ficaram paralisadas como se ele fosse um deus grego.
– Olá – disse Ryan percebendo o atiramento da Layka e a Hazel. A Katara deveria ter um namorado. Pois veio conversar comigo e não com o “deus grego”. Blerg! Até na brincadeira é difícil pensar isso.
– Liga pra elas não, sei que estou nesse acampamento a menos tempo, mas já me toquei que as duas são caidinhas pelo Ryan.
– Percebe-se.
– Você deve ser a namorada dele né?
– NÃO! NUNCA!
– Se acalma. Enfim, eu e as meninas controlamos o ar, e pelo que eu vi vocês precisam de uma ajudinha... Só que, acho melhor formarmos um grupo! Assim todos levam o crédito!
– Claro. Vamo cambada! – disse para as garotas e pro coiso.
Layka, que parecia a mais experiente no local, fez uma magia que o ar vira uma faixa branca.
– Haize brinh fich lin – e ela repetiu essa frase umas três vezes até que ela abriu os olhos e vimos a faixa.
Corremos para achar o telescópio que em loucos. E chegamos em um penhasco. Ótimo! Como vamos passar para o outro lado?
– Isso é simples ora! – disse Hazel como se a resposta fosse óbvia- vamos voar!
– Isso é a coisa mais fácil do mundo! – eu disse meio irônica
– Simples, eu e a Lay vamos usar nosso poder para levar o Ryan, já que ele é mais fortinho e a Ka leva você! – disse apontando para mim.
Então sobrevoamos o local. Era tudo tão mágico que até me esqueci que o Ryan estava atrás de nós. Era tudo perfeito! Quando chegamos á outra parte, já estava ficando de noite e a luz branca sumiu.
– O que vamos fazer agora? – perguntei
– Simples, vamos montar um acampamento! – com certeza Layka era a mais alegre dali. Na verdade, todas eram. Mas a Katara é mais tranquila.
– Eu vou fazer a fogueira – disse Ryan
– EU TE AJUDO! – disseram aquelas duas de sempre (sempre entre aspas né, porque eu praticamente acabei de chegar).
Enquanto isso eu e a Katara ficamos construindo um abrigo. Ela conseguia arrancar madeiras de árvores um pouco soltas por causa do vento forte e assim fizemos uma cabana gigante. Como ainda não sei controlar meus poderes, eu só vou fazer água aparecer quando a nossa acabar.
– Hey, eu tava pensando, temos alguma coisa para dormir?
– Sim, a Hazel é muito preocupada quando tem essas coisas no acampamento. Sabe, elas estão aqui faz tempo, é que elas tiveram que vir mais cedo porque não tinham família ou por causa que seus poderes estavam descontrolados de mais. – ela parou um pouco para arrumar a portinha – e essas coisas acontecem todo ano. Por isso ela vive preparada.
– Entendi... as coisas foram com ela? É porque eu não vi até agora...
– Não, ta louca?! As pessoas poderiam pegar, ou sei lá!
– Como assim?
– Isso aqui é tipo jogos vorazes, só que sem mortes. Aqui se você tem algo, uma pessoa pode pegar lutando com você. Por isso nós do elemento ar temos a característica de ficar invisível e fazer as coisas também ficarem. Você é novata, mas já deveria saber disso. Seus pais não te contaram?
– Na verdade eu sou adotada e eu só descobri que sou uma Elementary um dia antes de vir para o acampamento!
– Uau! Acho que acabamos!
Logo olhamos nosso trabalho, e que trabalho bem feito! Ela era tão bonita, parecia aquela cabaninha que eu encontrei dias atrás. Logo vimos Hazel vindo correndo.
– Onde estão os outros dois?
– Eu que não ia ficar de vela né?! Ta na cara que o Ryan gostou mais dela do que de mim!
– Tadinha, sofrendo por aquele cafageste!
Logo vimos os dois voltando, pelo jeito a Hazel ter saído, não adiantou em nada pois eles voltaram bem rápido.
– Conseguimos bastante galhos – disse Layka com uma cara de raiva.
– É... – disse Ryan meio sem graça.
– Enfim, vamos arrumar as coisas lá dentro da cabana. – eu disse indo em direção ao “quarto”.
Assim que entrei, tinha cinco colchões de ar no chão e travesseiros. Sem cobertores, ainda bem! A noite estava muito quente.
Nos trocamos e dormimos sem demora, claro que antes a Lay e a Hazel ficaram olhando pro Ryan porque ele dormiu sem camisa. Que infantis!

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